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segunda-feira, 13 de março de 2017

Guitarrista do Korn fala sobre 5ª passagem da banda pelo Brasil

Guitarrista do Korn fala sobre 5ª passagem da banda pelo Brasil





Em uma emissora de radio conversou com James Shaffer, o guitarrista Munky do grupo Korn, que se apresenta em São Paulo no dia 19 de abril, no Espaço das Américas.

Essa será a quinta passagem dos caras pelo território tupiniquim e o músico lembrou do calor do público local, além de um show com Ozzy Osbourne.

Curiosidades sobre o mais recente trabalho do Korn, “The Serenity of Suffering” e uma parceria com Corey Taylor, do Slipknot, são alguns dos tópicos abordados na entrevista.















REPÓRTER: Korn está voltando para o Brasil em Abril e esta vai ser sua quinta vez no país. O que você mais lembra do Brasil e o que você espera ver desta vez?


Munky: A primeira coisa que vem na minha cabeça é um show que fizemos com o Ozzy. Foi um show gigantesco há um tempo atrás e eu lembro do meu nervosismo na van, demoramos muito para chegar no local, pois tinha muito trânsito. Lembro dos fãs enlouquecendo antes da gente entrar no palco e de uma boa vinda calorosa do público. A adrenalina antes do show e a galera indo a loucura, essa é primeira coisa que vem na minha cabeça. Desta vez será mais especial, porque não estamos abrindo o show para ninguém. O público é 99% de fãs do Korn e isto significa muito. Tantos fãs nos prestigiando por algo que nós criamos há tanto tempo em uma cidadezinha da Califórnia. Se pararmos para pensar que a música atravessa continentes e que a mensagem se espalha, é muito inspirador depois de tanto tempo.


REPÓRTER: Sobre o novo álbum. Como foi o processo de criação e gravação do “Serenity of Suffering”?


Munky: Levou um bom tempo. Nós precisamos passar pelo processo de escrever os riffs de guitarra em um lugar de ensaios pequeno em Hollywood. Depois disso, nós precisávamos encontrar um produtor para gravar, alguém com foco para nos direcionar e transformar nossa métrica e melodias em músicas e foi aí que conhecemos Nick Raskulinecz (produtor).

Então ele ouviu as demos, nós gravamos muitas demos.

Criamos os riffs com a guitarra de 8 cordas e quando nós tocamos para o Nick a reação foi “Yeah, isso é muito legal”. Mas ai o Jonathan (vocalista) ouvia e falava

“Ah não sei não”, ele não tinha certeza se o tom e o conjunto musical estava bom.

Ele estava meio que descartando o uso da guitarra de 8 cordas.

Isso era algo que estávamos testando como um experimento, um jeito de achar inspiração. Ai começamos com o processo de escrever as músicas e atualizamos a maioria dos riffs para 7 cordas, voltando para o estilo tradicional do Korn e gravamos assim. Fizemos uma demo e quando Jonathan ouviu, ficou feliz.

Foi preciso permitir que o processo acontecesse naturalmente e deixar a criatividade rolar. Ai depois disso foi bem divertido, nós tínhamos direção, uma pessoa nos ajudando, moldando nossos riffs em músicas, um senso real de direcionamento.



REPÓRTER: Você e o Head (guitarrista) gravaram as guitarras ao mesmo tempo, algo que nunca tinham feito. Como foi a experiência?


Munky: Nos divertimos muito e isso nos forçou a tocar melhor.

Na verdade, foi uma ideia do nosso produtor Nick, ele quis fazer isso para ganharmos tempo enquanto Jonathan escrevia algumas músicas.

Nós testamos e foi muito divertido e produtivo, foi algo que trouxe muita energia para as músicas. Aí decidimos que deveríamos fazer isso no álbum todo, foi muito legal.

REPÓRTER: E por que o nome “The Serenity of Suffering”?


Munky: É uma boa pergunta. O nome reflete bem o que o Jonathan tenta passar com todas as músicas do álbum. É sobre uma situação confortável, você se sente bem e quando você sai dessa zona de conforto você se sente estranho.

Acho que muitas pessoas se sentem assim, em um minuto se sentem bem, ai acontece algo inesperado e elas se sentem mal.


REPÓRTER: Corey Taylor colaborou na faixa “Different World”. Como aconteceu essa parceria e como foi trabalhar com ele?


Munky: A parceria já existia, fizemos shows juntos, já tínhamos uma amizade.

E Nick trabalhou com ele no Stone Sour, acho que ele produziu um ou dois álbuns dos caras. Quando houve uma sessão no estúdio dessa música “Different World”, na época o Jonathan nem tinha escrito a letra ainda, Nick veio com a ideia de gravar com o Corey. Nós concordamos, aí o Nick já pegou o telefone e disse “Vamos ligar para ele e perguntar”.

Foi simples assim e Corey respondeu “Com certeza, estou dentro. Vamos nessa”.

Três dias depois ele voou até o estúdio e começamos a trabalhar na música e foi demais, ele arrebentou. É uma das minhas favoritas do álbum.


REPÓRTER: Qual o significado da capa do álbum “The Serenity of Suffering” e como ela está relacionada com a capa do álbum “Issues”?


Munky: Meio que representa a inocência, a boneca é o fator comum em ambos os discos. Ela se tornou uma espécie de mascote da banda, muitos fãs trazem a boneca para autografar nos encontros no camarim e eles meio que adotaram ela. E a ideia era essa mesma, adotar esta mascote, reformular e resgatar ela nessa nova arte de capa e eu achei ótimo. O artista Ron English pegou essa “boneca espantalho” e deu um ar sombrio, ela não é mais tão inocente. É como se ela tivesse se transformado em um monstro através das experiências.


REPÓRTER: O que você acha que mudou desde o primeiro álbum do Korn e o que continua a mesma coisa? Qual o segredo da longevidade da banda?


Munky: Bem, o que mudou é que temos família agora e pensamos no dia de amanhã. Quando você é jovem, só vivemos o momento e para as festas. Agora eu acho que estamos em um momento mais focado na carreira, em tomar decisões, pensar sobre coisas, de ser gente grande. Mas ainda adoramos nos divertir, isso é uma das coisas que não mudaram, nós ainda adoramos sair e se zuar. Nós nos divertimos fazendo isso e essas são algumas das razões por estarmos há tanto tempo juntos e na ativa.

Amamos fazer shows, conhecer os fãs e cumprimentá-los. Ouvir histórias de como nossa música mudou a vida deles, da influência que elas têm sobre eles em tempos difíceis ou como elas os motivam também.

É muito inspirador saber disso, que nossa música toca as pessoas de formas que nunca imaginávamos. Nós éramos jovens, escrevendo músicas, fazendo algo por nós mesmos para nos expressar artisticamente e não tínhamos ideia de que as músicas se tornariam algo tão grandioso.


REPÓRTER: O que podemos esperar dos shows do Korn no Brasil este ano?


Munky: Nós sempre queremos dar o nosso melhor nos shows.

Não importa como nos sentimos, damos 110% do que podemos e sempre com muita energia. Tocamos o máximo de músicas para deixar todos satisfeitos, é isso que fazemos no mundo todo. E sempre tentamos recriar as músicas antigas e as novas, e isso é legal porque as coisas muitas vezes dão errado e essa é a parte engraçada disso. Você comete erros, mas tocar ao vivo é isso, tudo pode acontecer.

Nem sempre as músicas soam como a versão de estúdio, nós mudamos algumas coisas para inovar e surpreender o público.


REPÓRTER: Você gostaria de deixar um convite para os seus fãs brasileiros?


E aí pessoal, aqui é o Munky do Korn e mal podemos esperar para ir tocar para vocês. Por favor, não perca essa oportunidade porque não vamos para aí com muita frequência e nós estamos muito ansiosos por isso.

Vamos fazer um show matador, junte-se a nós e vamos quebrar tudo.

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