O ORGULHO E A VERGONHA DE “SER METAL”
“Muita coisa aconteceu desde que Rob Halford disse com muito orgulho ‘Nós somos Metal’”.
Heavy Metal não era um termo popular quando as pessoas começaram a usá-lo no fim dos anos 60 e começo dos 70. Apesar de grandes bandas como Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin terem criado o som que foi identificado como Metal, eles não se viam como sendo Heavy Metal, ainda era um conceito externo. Eles se viam como bandas de Hard Rock, e acho que o que é importante é que quando o Judas Priest começou a ganhar popularidade no final dos anos 70 e começo dos 80, essa foi a primeira banda e Rob Halford foi o primeiro músico a se levantar e dizer “Nós somos Metal”. Isso deu uma guinada neste tipo de música, pois passou da coisa que as pessoas evitavam e até tinham vergonha, para algo que é uma identidade e um distintivo de honra. E se o Metal, como sempre discutimos, é um estilo de vida e uma cultura, então esse foi o momento em que tudo começou, quando Halford se levanta e diz “Nós somos Metal”.
A frase acima é do famoso antropólogo e cineasta, Sam Dunn, autor de “Metal, a Headbangers’s Journey”, “Iron Maiden, Flight 666″, “Rush, Beyond The Lighted Stage”, “Global Metal” e a genial mini-série “Metal Evolution”.
Sam Dunn disse essa frase, em entrevista, quando eu citei o final do episódio 3 do “Metal Evolution” sobre essa passagem de Rob Halford e a importância das pessoas terem orgulho de “Ser Metal”.
E desde esse momento marcante e simbólico que Rob Halford assumiu com orgulho “Ser Metal”, todas as bandas passaram a ter, nas palavras de Sam Dunn, “uma identidade e um distintivo de honra”.
Certo?
Errado.
Infelizmente, a realidade mostra que não é bem assim…