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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Os 50 discos que fizeram o rock·n·roll

Os 50 discos que fizeram o rock·n·roll

Quer você goste, quer não, essas são as obras que romperam barreiras, criaram estilos e marcaram a história do rock

1. The King of Rock and Roll – The Complete 50s Masters - Elvis Presley, 1992
Elvis em sua melhor fase, antes de entrar para o Exército e voltar mansinho
2. Chuck Berry – Anthology - Chuck Berry, 2000
O verdadeiro criador do rock’n’roll e melhor compositor entre os pioneiros do gênero
3. The Essential Little Richard - Little Richard, 1985
O intérprete mais explosivo do início do rock revolucionou a música com seus gritos e sua vibração
4. The Classic Years - Motown, 2000
Uma das gravadoras mais influentes dos anos 60, meca da soul music norte-americana
5. Please Please Me - Beatles, 1963
Eles chegaram como um sopro renovador e fizeram a trilha sonora perfeita para o otimismo do início dos anos 60
6. The Freewheelin’ Bob Dylan - Bob Dylan, 1963
O rock amadurece: pela primeira vez, as letras valem tanto quanto a música
7. Live at the Apollo - James Brown, 1963
O grito primal do funk, por seu maior intérprete
8. The Who Sings My Generation - The Who, 1965
Até então, ninguém havia feito um rock tão radical e barulhento; para muitos, o nascimento do punk
9. Blonde on Blonde - Bob Dylan, 1966
O atestado de maioridade de Dylan; depois disso, o rock não tinha mais desculpa para a ingenuidade
10. Pet Sounds - Beach Boys, 1966
Um sonho adolescente, embalado pelo pop mais perfeito e cristalino. “O maior disco da história”, segundo Paul McCartney
11. Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band - Beatles, 1967
Auge do experimentalismo do rock. Definiu sua geração e criou novos horizontes para o pop
12. Between the Buttons - Rolling Stones, 1967
Os rebeldes mostram que também têm coração
13. Are You Experienced? - Jimi Hendrix, 1967
Hendrix desfila todo seu arsenal: microfonia, psicodelia, distorção e um pé fincado na tradição do blues
14. The Velvet Underground and Nico - Velvet Underground, 1967
Inaugurou a melancolia no pop. Fez contraponto ao otimismo hippie
15. The Doors - The Doors, 1967
Pessimista e dark, embalado pela angústia existencial de Jim Morrison, na contramão do sonho hippie
16. We’re Only In It For the Money - Frank Zappa and the Mothers of Invention, 1968
Satiriza o hippismo e antecipa o fim do sonho
17. The Village Green Preservation Society - The Kinks, 1969
Os Kinks enxergam além de guitarras barulhentas e fazem o seu Sargent Pepper’s
18. Kick out the Jams - MC5, 1969
Que paz e amor nada! Neste explosivo disco ao vivo, o MC5 pregava revolução, guitarras e amor livre
19. Live Dead - Grateful Dead, 1970
Longas explorações psicodélicas, no melhor momento de uma verdadeira instituição californiana
20. Black Sabbath - Black Sabbath, 1970
Para muitos, uma brincadeira de mau gosto. Para os fãs, um disco que sepultou a inocência dos anos 60 e inaugurou o heavy metal
21. Funhouse - Iggy Pop and the Stooges, 1970
Blues, John Coltrane e punk: a fórmula de Iggy Pop neste verdadeiro clássico do niilismo
22. Greatest Hits - Sly and the Family Stone, 1970
A música negra como arma de guerra: segundo Sly Stone, a revolução só se daria com o povo dançando nas ruas
23. Led ZepPelin IV - Led Zeppelin, 1971
Jimmy Page e sua gangue se escondem por trás do ocultismo e fazem um clássico do hard rock
24. Exile on Main Street - Rolling Stones, 1972
Os Stones esquecem a pose de maus e concentram-se no que sabem fazer melhor: música sublime
25. Ziggy Stardust - David Bowie, 1972
Uma ópera-rock sobre androginia e extraterrestres. Bowie cria um mundo de fantasia e sonho, que inspirou o punk e a new wave
26. Harvest - Neil Young, 1972
Obra-prima do country rock em uma época de cantores “sensíveis”, como James Taylor e Carole King
27. Transformer - Lou Reed , 1972
O subterrâneo nova-iorquino, com prostitutas, traficantes e bêbados, pela imaginação mórbida de Lou Reed
28. New York Dolls - New York Dolls, 1973
Guitarras altas, batom e roupas de mulher: os New York Dolls confrontavam com bom humor a macheza do rock da época
29. The Dark Side of The Moon - Pink Floyd, 1973
Questionamentos sobre loucura e solidão, embalados pela música mais triste a chegar ao topo das paradas
30. Ramones - Ramones, 1976
Em contraponto ao rock “sério”, quatro desajustados cometem este pecado sonoro, sem solos nem pretensão. Nascia o punk
31. Never Mind the Bollocks - Sex Pistols, 1977
O conflito de gerações em forma de disco: “Somos feios, sujos e não gostamos do que está acontecendo”
32. Talking Heads: 77 - Talking Heads, 1977
O punk cresce e amadurece; o funk de branco do Talking Heads prova que há cabeças pensantes na geração 77
33. Parallel Lines - Blondie, 1978
O dia em que o punk e a new wave fizeram as pazes com o pop. Som comercial sem abdicar de seus ideais
34. Unknown Pleasures - Joy Division, 1979
Velvet Underground para as novas gerações: sombrio e mórbido, vê um mundo mais sem futuro que o do Sex Pistols
35. The Specials - The Specials, 1979
O punk inglês se mistura ao ska jamaicano, que havia anos habitava os bairros mais pobres da Inglaterra
36. Double Fantasy - John Lennon e Yoko Ono, 1980
Depois de passar anos fazendo discos políticos, Lennon e Yoko assumem a maturidade e gravam pelo simples prazer de criar
37. London Calling - The Clash, 1980
Está tudo aqui: rockabilly, reggae, ska, jazz. O grande disco que define o fim da adolescência no punk
38. Heaven Up Here - Echo and the Bunnymen, 1981
Grandioso demais para se encaixar em algum movimento musical, marca o amadurecimento do pós-punk
39. Power, Corruption and Lies - New Order, 1983
O rock abraça a música eletrônica e prova que música “de computador” também pode ter coração
40. The Head on the Door - The Cure, 1985
O Cure embala a morbidez no pop mais acessível e leva a melancolia às massas
41. The Queen is Dead - The Smiths, 1986
O rock esquece os vencedores, celebrando os desajustados, tímidos e fracassados
42. Licensed to Ill - Beastie Boys, 1986
Três espertalhões juntam rap e heavy metal e criam música negra para jovens brancos
43. The Joshua Tree - U2, 1987
O U2 ressuscita o rock político – e os fãs, apolíticos, compram sem perceber a intenção
44. Daydream Nation - Sonic Youth, 1988
Os intelectuais da guitarra fazem uma perfeita radiografia de uma geração sonada pela MTV e pelo rock comercial
45. It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back - Public Enemy, 1988
Um libelo contra a manipulação da mídia, o “embranquecimento” da América de Reagan e o racismo
46. Out of Time - R.E.M., 1991
Rock de gente grande, com ambição e propósito, apesar do lustro pop e do imenso sucesso comercial
47. Metallica - Metallica, 1991
Representou, para a geração MTV, o que Black Sabbath foi para os jovens em 1970: a celebração da negação
48. Nevermind - Nirvana, 1991
O dia em que o punk encontrou a MTV: um disco que destruiu barreiras e que tornou obsoleto todo o rock vagabundo do fim dos anos 80
49. BloodSugarSexMagik - Red Hot Chili Peppers, 1991
Fãs de Korn e Limp Bizkit vão chiar, mas a verdade é que todo o funk metal e o nu metal começaram aqui
50. OK Computer - Radiohead, 1997
Um disco gélido, cerebral e triste, sobre a dificuldade de comunicação no fim do século. Paradoxalmente, foi um sucesso






Frases

"Por que jovens gostam de rock? Ora, porque os pais não gostam, é claro!"
Chuck Berry
"Se você se lembra dos anos 60, é porque não estava lá."
Robin Willians
"Eu odeio o Pink Floyd."
Frase escrita na camisa de Johnny Rotten, dos Sex Pistols
"Eu sou uma garota material, vivendo num mundo material."
Madonna
"Meu sonho e viver num mundo onde Lenny Kavitz nõ seja chamado de ·rock·"
Mark Arm, Mudhoney

O berço do rock


O rock’n’roll nasceu da mistura de cinco gêneros distintos da música americana. São eles


Northern Band Rock’n’Roll
Espécie de versão com guitarra e baixo do som das big bands de Kansas City. O maior nome do estilo era Bill Halley (Rock Around the Clock)
New Orleans Dance Blues
Gênero em que predominavam baladas, tendo o piano como instrumento principal. Little Richard e Fats Domino se destacavam
Memphis Country Rock
Também chamado de rockabilly, era basicamente música caipira branca, tocada com guitarra elétrica. A gravadora Sun, descobridora de Elvis, era a meca desse ritmo
Chicago Rhythm and Blues
Versão negra do rockabilly, que teve em Chuck Berry e Bo Diddley seus mestres
Grupos Vocais
Sem instrumentos, usavam somente o gogó, em arranjos lindos. Frankie Lymon and the Teenagers era o grande sucesso
Fonte: The Sound of the City, de Charlie Gillett (Souvenir Press, EUA, 1971)

Os revolucionários

Dez nomes que mudaram o rock·n·roll
Chuck Berry
O primeiro grande compositor do rock criou riffs copiados até hoje (“Roll Over Beethoven”, “Maybellene”). Compôs rocks, blues e baladas e foi também o primeiro grande “fora-da-lei” do rock’n’roll, tendo sido preso várias vezes quando adolescente (e outras várias vezes depois)
Beatles
Lançaram, entre 1965 e 67, três álbuns – Rubber Soul, Revolver e Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band – que elevaram o rock a um nível artístico nunca visto. Daí experimentaram de tudo: música indiana, fitas rodadas de trás para a frente, sons de pássaros, LSD... E o rock nunca mais foi o mesmo
Bob Dylan
O primeiro grande letrista do rock. Cantor folk, chocou a platéia ao subir no palco com uma banda de rock, em 1965. Muitos previram um fracasso quando lançou Like a Rolling Stone: a música tinha seis minutos de duração, o triplo da média das canções do rádio. Foi seu primeiro grande sucesso
Brian Wilson
Mesmo surdo de um ouvido e abalado para sempre por causa dos socos que levava do pai, o líder dos Beach Boys compôs alguns dos momentos mais sublimes da música pop. Queria superar os Beatles, que considerava os únicos capazes de rivalizar com seu talento
Rolling Stones
Eram o contraponto mal comportado à simpatia dos Beatles. Foram os primeiros a subir no palco com as roupas que usavam no dia-a-dia, sem os “uniformes” usados pelas bandas – um choque na época. Resgataram o blues de Muddy Waters e Willie Dixon e exploraram a psicodelia e a música soul
Phil Spector
O mais influente produtor musical dos EUA nos anos 60. Aos 18 anos já tinha uma música no Top 10. Revolucionou as gravações com sua técnica de gravar vários instrumentos na mesma faixa, para criar uma sonoridade densa e poderosa
Jimi Hendrix
Revolucionou a guitarra e tornou-se o músico mais influente e inovador de sua geração. Seu estilo único unia o blues a distorção e microfonia. Quão bom ele era? Eric Clapton responde: “Uma vez, Jimi subiu conosco no palco e tocou Killing Floor, de Howlin’ Wolf, que eu nunca consegui tocar direito. Todo mundo ficou de boca aberta”
David Bowie
O “camaleão” do rock fez de tudo: foi menestrel hippie (anos 60), inventou o glam rock, influenciou o punk e a new wave e embrenhou-se por sons eletrônicos (anos 70). Fez dance music e trilhas para o cinema (80). Sua capacidade de se reinventar não tem paralelo no pop
Sex Pistols
Em 1976, o rock vivia uma fase tediosa, com artistas milionários tocando em estádios. Em oposição a eles, grupos como Sex Pistols, Ramones e The Clash criaram o punk, uma música crua e direta. Estouraram na Inglaterra e provaram que não era preciso ser bonito e comportado para chegar ao topo das paradas
Kurt Cobain
Conseguiu, como ninguém, capturar em música o espírito da geração MTV, marcada pelo tédio e pela paralisia em face do domínio corporativo. O Nirvana foi um caso raro de banda alternativa que fez imenso sucesso comercial e abriu caminho para dezenas de outras

10 grandes momentos do rock

Benjamin Franklin “descobre” a eletricidade (junho de 1752)
O velho Ben soltou uma pipa no meio de uma tempestade e mudou o mundo
Elvis grava um disco para a mãe (4 de janeiro de 1954)
Um caminhoneiro pobre entra nos estúdios da gravadora Sun, em Memphis, e grava um acetato para dar de presente à mãe. Meses depois, quando precisou de um cantor para gravar um compacto, o dono da Sun, Sam Phillips, lembrou-se do rapaz, Elvis. Nascia o rock’n’roll
Morte de Buddy Holly (3 de fevereiro de 1959)
Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper morrem num desastre de avião, depois de um show. Foi a primeira grande tragédia do rock, um evento que ficou marcado como “o dia em que a música morreu”
Beatles aparecem no programa de Ed Sullivan (9 de fevereiro de 1964)
Mais de 50 mil fãs brigaram pelos 703 ingressos disponíveis no estúdio da CBS. Os Beatles cantaram cinco músicas e foram vistos por 73 milhões de americanos. Nascia a Beatlemania
Beatles encontram Bob Dylan (28 de agosto de 1964)
Num hotel de Nova York, o quarteto de Liverpool foi apresentado ao maior bardo do rock e, pela primeira vez, fumaram maconha. O encontro motivou o grupo a abandonar as canções adolescentes. Ali começou a fase psicodélica dos Beatles
Woodstock: lama e paz (15 a 17 de agosto de 1969)
O auge do sonho hippie: meio milhão de pessoas se reuniram para celebrar a paz e o amor, sem policiais ou chuveiros para atrapalhar. Foram três dias de lama, drogas e muito rock’n’roll, ao som de The Who, Jimi Hendrix, Santana, Joe Cocker, Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin, Grateful Dead e muitos outros
Altamont: violência e morte (6 de dezembro de 1969)
O fim do sonho hippie: concebido pelos Rolling Stones, o festival de Altamont terminou em tragédia quando uma gangue de motoqueiros da facção Hell’s Angels, contratada para fazer a segurança do evento, matou a pauladas um jovem negro. Outras três pessoas morreram na noite: duas atropeladas enquanto dormiam e uma terceira afogada
Sex Pistols xingam a Rainha DA INGLATERRA (maio de 1977)
Em uma esperta jogada de marketing, os Pistols lançaram o compacto “God Save the Queen” a tempo de esculhambar as comemorações do Jubileu da Rainha. O disco foi banido das rádios do país, mas tornou-se o segundo mais vendido
Estréia da MTV (1 de agosto de 1981)
Antes da MTV, o principal meio de divulgação para artistas era o rádio. Logo as gravadoras perceberam o potencial do novo canal e passaram a investir mais em clipes. A imagem de uma banda passou a ser tão importante quanto sua música. Surge a “geração MTV” com estrelas como Madonna, Duran Duran, Prince e Michael Jackson
Michael Jackson compra o catálogo dos Beatles e Elvis Presley (setembro de 1985)
Hoje, ninguém pode usar uma música dos Beatles ou de Elvis sem pedir licença a um homem que pendura o próprio filho de uma janela e que admite ter feito vodu contra Steven Spielberg

Para saber mais

Na livraria:
The Sound of the City - The Rise of Rock and Roll - Charlie Gillett, Da Capo Press, EUA, 1970
The People’s Music - Ian MacDonald, Pimlico Books, Reino Unido, 2003
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